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Pesquisa

       Para entender melhor como o Asante poderia ajudar a sociedade em geral e identificar melhor como a sociedade está informada com relação a alimentação e a independência alimentar, o Akunji Asante realizou um levantamento. Utilizou-se um formulário para ver o panorama entre a comunidade entorno da UFRJ e assim escolher o melhor plano de ação.

         Obtivemos 111 respostas de pessoas sendo que a maior parte das respostas vieram das faixas etárias de 20 a 25 anos e de 45 a 50 anos. Com relação a escolaridade, a cerca de 68% das respostas foram de indivíduos com o ensino médio completo ou com o ensino superior em curso, a a maior classe representada foi de pessoas com até 2 salários mínimos de renda (65.8%) e, enquanto projeto afrocentrado, obtivemos a maior parte das respostas por parte de pretos (31.5%) e pardos (23.4%).

         Após uma série de questões divididas em quatro seções (insegurança alimentar, educação alimentar, conhecimento aos saberes ancestrais e implantação de hortas) pudemos inferir sobre os comportamentos e percepções do grupo analisado. 

       Com relação a seção sobre insegurança alimentar, constatamos que aproximadamente 84% dos entrevistados tem alguma noção sobre o que seria insegurança alimentar e quase 50% de todos os indivíduos dizem tem acesso a alimentação de qualidade ao longo do mês. A maioria também entende que é um dever do governo garantir que a taxa de insegurança alimentar no país chegue a zero (96.4%) e supõe que este mal afeta em sua maior parte a população preta e pobre (93.6%), com as mais variadas justificativas para tal afirmação.

        Nas seções referente a educação alimentarconhecimento aos saberes ancestrais, ficou evidente que apesar da maioria dos indivíduos terem algum contato com legumes e frutas com a finalidade de ter uma alimentação mais saudável, deste apenas (7.2%) dos entrevistados tiveram contato com aulas sobre educação alimentar, baseadas nos valores da cultura africana, durante a sua trajetória acadêmica. Apenas 1 a cada 5 entrevistados não souberam responder ou não veem a existência do fenômeno do racismo nos sistemas alimentares, porém em proporções ainda menores vemos pouco conhecimento sobre a apropriação cultural da alimentação ancestral afro-brasileira e sobre o preconceito aos saberes ancestrais como é uma consequência da intolerância religiosa e afins.

 

       Já quando nos voltamos para as questões sobre implantação de hortas, 66.7% demonstram ter interesse em realizar atividades relacionadas ao tema, enquanto que 26.1% realizam alguma atividade e 7.2% não possuem interesse. Entre os que tem interesse, mas não realizam quaisquer atividades ligadas à hortas, utilizam como justificativa a falta de espaço, conhecimento e / ou tempo, com ênfase na falta de conhecimento que não é disseminado pela sociedade. Também vale ressaltar que grande parte dos entrevistados reconheceram que em sua comunidade existem espaços para a implementação de um espaço para plantio e que ter uma horta a disposição influenciaria seu comportamento.

Levantamento sobre alimentação e independência alimentar 

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