
Alimentação Ancestral

Enquanto uma das principais temáticas do nosso projeto, a ancestralidade busca conectar as pessoas pretas com o conhecimento de seus antepassados.
Nesse contexto a culinária tem um papel importantíssimo na nossa autoidentificação e conexão com a nossa cultura. Desde os tempos sombrios da escravidão a culinária foi mecanismo de resistência e de identificação. Com a cruel desestruturação das famílias e comunidades, os africanos escravizados viam a alimentação também como um dos meios de manter sua ligação com sua própria cultura.
A partir disso, a religiosidade se tornou um dos principais protagonistas na preservação desses saberes ancestrais. Foi graças às religiões de matriz africana, principalmente ao candomblé, que tanto os pratos quanto sua própria preparação foram mantidos vivos e passados de geração para geração, dos mais velhos aos mais novos. A forma sagrada de encarar o alimento veio de África, nos terreiros se come tudo aquilo que foi abençoado pelos orixás.
A importância de reaprender essa tradição vai se manifestar até mesmo em como os alimentos geralmente são preparados sem muito sal, uma vez que são temperados com uma grande variedade de especiarias, ou açúcar, já que a principal fonte do paladar doce dessa culinária são as frutas. Com essas informações já é possível entender as mudanças que essa alimentação pode fornecer à nossa saúde.
Dois nomes que falam sobre a culinária ancestral / africana: Kota Mulanji [segue um link de uma entrevista ao Brasil do Fato] e Aline Chermoula [segue o link para seu perfil do Instagram]
